edufma.sce@ufma.br

UFMA realiza cerimônia de lançamento do segundo volume do livro “200 Anos da Imprensa no Maranhão”

Matéria publicada em 06 junho de 2023 – Site da UFMA

Na segunda-feira, 5, no Palacete Gentil Braga, a UFMA realizou o lançamento do 2° volume do livro “200 Anos da Imprensa do Maranhão – O valor social da imprensa”. O livro também foi lançado no Câmpus de Imperatriz, no dia 2 deste mês. Com editoração elaborada pela Editora e Gráfica da UFMA (Edufma) e organizado pelos professores da UFMA Marcos Fábio Belo Matos, Roni César Andrade de Araújo e Roseane Arcanjo Pinheiro, a publicação reúne artigos de diversos autores que se dedicaram a pesquisar a imprensa em um rol de 200 anos, abordando desde o primeiro jornal impresso no estado até o surgimento do jornalismo digital.

Estavam presentes na mesa da solenidade o reitor da UFMA, Natalino Salgado Filho; O vice-reitor, diretor de Comunicação e organizador do livro, professor Marcos Fábio Belo Matos; a pró-reitora de Extensão e Cultura da UFMA e Comendadora do projeto

“200 Anos de Imprensa no Maranhão”; Zefinha Bentivi; e a vice-prefeita do município e uma das autoras do livro, Ismênia Miranda.

O material faz parte do projeto de mesmo nome, criado pela UFMA com o apoio da Fundação Josué Montello, da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) e da Vale, com o objetivo de fomentar ações em comemoração ao bicentenário da imprensa no estado. Segundo o professor Marcos Fábio, o lançamento do segundo volume simboliza o fechamento de um ciclo, iniciado em 2021, de celebração a este importante marco do jornalismo profissional na região.

“O primeiro volume, que saiu no ano passado, tinha 14 artigos que tratavam da historiografia do jornalismo maranhense. Já neste volume, de 16 artigos, vemos uma pegada mais sociológica, abordando as relações da nossa imprensa. Esperamos que o livro venha a servir de referência para estudos na área de história da imprensa, sobretudo porque a nossa imprensa é uma das quatro mais antigas do Brasil”, afirma Marcos Fábio. O artigo que abre o novo volume é de autoria da vice-prefeita e professora Ismenia Miranda, cuja pesquisa enfocou a relação da imprensa com o tráfico escravos no século XIX. Segundo Ismênia, sua pesquisa buscou analisar como a imprensa de São Luís tratou as leis antitráfico de 7 de novembro de 1831 – que declarava livres os africanos escravizados que entrassem no Brasil a partir daquela data – e de 4 de setembro de 1850, que aboliu definitivamente o tráfico de escravos no país. “O sistema escravista exercia forte influência sobre o Estado. Quando foi assinada a lei de 1831, a imprensa local traz a questão de forma displicente, sem grande reflexões. já com a Lei Eusébio de Queiroz, de 1850, a imprensa dá um tratamento totalmente diferenciado, pois aquilo alterava toda a estrutura social e econômica. O jornalismo impresso era o meio de comunicação mais importante do período, especialmente em São Luís, que tinha uma produção avançada quando comparada a outras localidades do Brasil”, ressaltou a vice-prefeita. A importância da obra para a memória coletiva maranhense foi ressaltada pelo professor Sanatiel de Jesus Pereira, diretor da Edufma, editora responsável pelo lançamento do livro. “O livro conseguiu captar, relacionar e compor as informações que fazem parte desses 200 anos, e isso é extremamente valioso para a nossa Universidade e para a nossa literatura. A editora da nossa Universidade abraça, com muita vontade, esses trabalhos, e faremos sempre todo o possível para que essas obras sejam editadas, publicadas e distribuídas pelo mundo. A professora Zefinha Bentivi enfatizou o papel do jornalismo para a construção de conhecimentos e manutenção de valores sociais. “O jornalismo será sempre essencial para a sociedade, para a democracia e para a liberdade. Nada é mais vital para a construção do presente do que o jornalismo, isto é, as histórias do presente que, aos poucos, tornam-se registros do nosso passado, e este material é um forte exemplo disso”, comentou a professora. O reitor Natalino Salgado Filho parabenizou a iniciativa, ressaltou o valor da imprensa e destacou a importância do material acadêmico reunido para pesquisas em comunicação no futuro. “Daqui a 100 anos, aqueles que venham a pesquisar a nossa história terão mais facilidade graças a este trabalho e a estes pesquisadores que se mobilizaram para juntar esse material rico para os nossos estudantes e para as nossas bibliotecas”, destacou.

Por: Orlando Ezon

Fotos: Sarah Dantas

Revisão: Jáder Cavalcante

Deixe uma resposta

*

captcha *